A Leitura e o Livro no Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor
O ato de ler não se resume à mecânica
de juntar símbolos ou carateres para lhe conferir um sentido. O processo
inicial é esse: descodificar uma mensagem transformando-a em algo entendível.
Porém esse processo terá, inevitavelmente, de ir mais longe. Não basta a
existência de um autor, de uma mensagem, de um leitor. A descodificação da
mensagem só é válida com a compreensão da mesma, mobilizando conhecimento e
aprendizagem.
A leitura enquanto fonte de
conhecimento, é um ato tão ancestral quanto necessário à nossa aprendizagem e
formação como cidadãos de pleno direito. Enquanto testemunho oral da palavra
escrita, capacita o ser humano para a compreensão do mundo.
Esta compreensão do mundo passa,
necessariamente, pela existência do livro, esse magnífico objeto que nos faz
sonhar, viajar, imaginar… E o livro é tantas vezes o nosso refúgio, a nossa “casa
da árvore”, onde, recriando inúmeras personagens, partimos à conquista do mundo.
Esta extraordinária máquina do tempo existe há muitas centenas de anos e,
curiosamente, as suas caraterísticas iniciais, mantêm-se quase inalteráveis.
É verdade que, nos últimos anos, o
livro tem adquirido novas formas, tomando novos caminhos pela imensidão do
espaço tecnológico, mas a magia do desconhecido, o apelo da página seguinte e o
convívio com princesas, feiticeiros, dragões e cavaleiros, monstros fantásticos
e abismos profundos, terras do nunca e de ninguém, planetas daqui e mais além,
são, e sempre serão, a marca indelével do livro enquanto objeto inseparável da
vida de quem, ainda, tem tempo e espaço para sonhar.
Honremos quem escreve e que lê, inseparáveis
na sua condição de dar sentido ao livro que se abre diante dos nossos olhos,
porque um sem o outro são como a palavra sem voz.
O Professor Bibliotecário
João Reis
Deixo-vos, também, neste dia, dois vídeos muito interessantes. O primeiro fala-nos da evolução do livro e o segundo, partindo do livro, fala-nos de leituras... lendo!